Balanço Final
Balanço Final/Reflexão Final
“Cerebralização“ Docente e Discente
2 Pesos e que medidas?
“Também Massada, (2001) refere que a “especialização da mão definida pela oponência do polegar, constitui uma das características mais diferenciadas do Homem, podendo ser considerada como um factor muito importante da sua evolução.” Acrescentando que, “noutro primatas os pés são parecidos com as mãos”. Este autor salienta mesmo, que fruto do processo evolutivo, as mãos se constituíram como “dois cérebros”. Será minha intenção ao longo do trabalho tentar evidenciar, que tal como as mãos foram “Cerebralizadas”, também outras partes do Corpo, que foram secundarizadas em termos evolutivos, como por exemplo os pés, poderão ser alvo de igual processo de “Cerebralização”, caso haja uma intervenção precoce (...)“
(Maciel, J., 2007)
“O mapa cerebral muda em função da experiência”
Afirma a professora Elenice Aparecida Moraes Ferrari, do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp.
(Citação retirada da entrevista, colocada em anexo)
Este espaço simboliza um fim de uma caminhada, mas o início de uma outra mais envolta, robusta e fundamentalmente com preocupações mais abrangentes. Esta reflexão, irá inferir sobre um tópico que penso apresentar-se como de extrema importância na conjuntura actual e, tem como ponto de partida as afirmações acima referidas, este é o seguinte: “Cerebralização”, ou seja, “Modelação“ do Docente e do Discente, o como e o porquê.
Estas ideias conceptuais são baseadas em pressupostos apresentados pelo Professor Vitor Frade (Maciel, J., 2007) e pela Professora Marisa Gomes, fazendo o devido paralelismo.
Esta “cerebralização“ no que ao Docente e ao Discente diz respeito, envolve a procura da modelação desportiva do educando, dando-lhe um reportório motor, tecnico e táctico e psicológico (axiológico) que permite uma prática eminentemente favorável e que promova a aquisição de uma cultura desportiva abrangente. Simultaneamente estando presente a “cerebralização“ do saber ser, localizado no tempo e no espaço, ou seja, a preparação para a vida em sociedade e para o paradigma inerente, contemporâneo. E esta vida, é também espelhada na vida desportiva. Neste contexto a “cerebralização“ do saber fazer e a “cerebralização“ saber ser são basais para a formação integral.
Noutra nota, estas duas dimensões referem-se aos padrões de referência, devidamente contextualizados, na procura de um Discente Assertivo, ou seja, contemporaneamente situado em qualquer realidade, rejeitando este uma postura acritica, passiva ou manipuladora.
O Docente para modelar, também tem que se auto-modelar, trabalhando, em paralelismo, as mesmas dimensões que o educando embora em níveis distintos, como por exemplo aspectos relacionados com a comunicação. A este pede-se plasticidade cerebral na tomada de decisão, não só ao aluno se pede esta vertente.
Em suma, preocupações contemporâneas, exigem um pensamento renovado, aberto, holístico e inerências diversificadas, diferentes das subjacentes a outros momentos históricos. Estes princípios abordados mais profundamente no portfolio e no decorrer das aulas, são fulcrais.
Balanço Final
Este foi um semestre produtivo, no sentido de abranger e possibilitar a acomodação de um leque holistico de preocupações, inerentes ao acto de ensino, mencionadas anteriormente. O educando e a sociedade subjacente (micro-sociedade) são conceitos extremamente complexos, mas passiveis de serem entendidos. Contudo podemos de facto, responder às questões que estes elementos nos colocam. As mensagens “invisiveis“ e “visiveis“ que foram veiculadas no decorrer das aulas, e das diversas prelecções fizeram parte, integrando o acto de ensino, que é fractal e abarca um conjunto de outras ideias conceptuais, normativas, paradigmas e questões conjunturais.
O aspecto menos positivo terá sido o número de elementos de cada grupo, sendo este na minha óptica excessivo, delimitando o trabalho em grupo e restringindo, de algum modo, as suas potencialidades.