07/10/2010
Hora: 08:00
Síntese da Aula/ Síntese reflexiva:
"Os maiores problemas enfrentados hoje pelo mundo só poderão ser resolvidos se melhorarmos a nossa compreensão do comportamento humano (...) O behaviorismo oferece uma alternativa promissora..."
(Skinner, 1974)
"A Verdade de um só ponto de vista é ilusão!"
(Akhenaton, E.)
No início desta aula, foram abordados alguns aspectos importantes referentes ao trabalho a ser feito, a curto prazo. No final da aula, os grupos foram escolhidos, tendo ficado encarregue da teoria de Jean Piaget (psicologia do desenvolvimento). Este pode ser dividido em três fases: efectuar uma descrição da teoria em causa, apoiada em textos de apoio e pesquisa; observar um filme interpretá-lo de acordo com a teoria subjacente; estruturar uma aula de Educação Física e Desporto, de acordo com os cinco conteúdos presentes no manual abordado na aula anterior, tendo como base a teoria inerente (psicologia do desenvolvimento), ou seja, irá fazer-se o transfere para a prática.
Numa segundo momento, o Professor Paulo Castelar abordar as teorias inerentes, previamente mencionadas (aula anterior), de forma a clarificar e abordar alguns conceitos de extrema relevância. Começou-se por interpelar o conceito de psicologia e suas inerências, contextualizando-o com as diversas teorias existentes. Estas passam por escolhas, pela estratificação baseada em determinados pressupostos teóricos, assim como, ideológicos. Como toda a produção científica, as teorias, estão carregadas de ideologia (pluralidade de perspectivas). Podemos segmentar esta pluralidade de perspectivas em duas vertentes: estruturalistas e não estruturalistas. As estruturalistas dizem-nos que o Homem possui uma estrutura de personalidade que não é passível de ser alterada. As não estruturalistas dizem-nos que o Homem é produto e produtor da sua história. Mas o que se quer dizer com produto e produtor da sua história? No sentido de responder a esta questão, podemos afirmar que o conjunto de “influências” e estímulos a que o indivíduo é sujeito, não é importante quantificar o tempo da interacção, torna-se sim relevante a qualidade do tempo. Aspectos do foro cultural estão intrinsecamente envolvidos neste processo de estimulação, como exemplo podemos referir o “programa televisivo da Xuxa” no Brasil (anos oitenta), devido à invasão cultural que a televisão pode patentear, e aos diversos estímulos a que os diversos espectadores foram sujeitos. Algumas teorias exploram como este processo decorre e se organiza e de que maneira é de facto possível. As várias teorias existentes explicam-no de forma diferente. Não existe verdade absoluta nas ciências humanas, a complexidade do fenómeno humano pressupõe escolhas.
De seguida, abordaram-se então as teorias inerentes, a esta abordagem inicial. Tendo-se começado pelo behaviorismo. O behaviorismo procura conhecer o comportamento e posteriormente produzir alterações nesse comportamento, ou seja, estuda o comportamento, encara a psicologia como uma ciência positivista. Manipulam-se situações vendo como o ser humano reagir a determinadas ocorrências (Skinner). Dá-se reforço ao fenómeno comportamental, associa-se um determinado comportamento um feedback positivo ou positivo. Um exemplo prático, remete-nos para uma criança que procura atenção no seio de um grupo de alunos, a atitude do docente, de acordo com esta teoria, vai no sentido de demonstrar indiferença, “anulando” o comportamento da criança. Outra teoria abordada foi a de Freud, esta diz-nos que existem duas estruturas de personalidade: psicótica e neurótica. Dá-se importância à primeira infância e às questões da sexualidade associadas ao prazer. É a partir destes aspectos que nos vemos e conhecemos como seres humanos, sendo preponderantes na criação e estabelecimento das estruturas da personalidade. Existe uma relação simbiótica (um não existe sem o outro) entre a criança e a mãe. Seguisse a teoria de Piaget, que afirma que existe uma relação simbiótica entre a criança e o mundo (objecto), o objecto é o elemento central nas interacções e no processo de aprendizagem. O indivíduo cria uma estrutura interna e a partir daí aprende. Por ouro lado, abordou-se a teoria de Vygotsky (sócio-histórica) contrária à teoria de Piaget, que afirma que a partir do que lhe é exterior o indivíduo internaliza e apropria-se do que lhe é externo. Por exemplo o amor de mãe é visto como um processo que não é “natural”, inato, é sim um processo sócio-histórico.
Em suma, após esta abordagem holística desta conjuntura, forneceram-se bases para dar início ao projecto inerente (Piaget: psicologia de desenvolvimento), preparando o visionamento do filme a decorrer na próxima aula.